Vivendo na virtualidade contemporânea
Por Marcelo Santos
“Nas redes social
Umas menina arlequina que tudo meu quer bisbilhota
É que num belo dia eu avistei ela e rolou aquela troca de olhar
Isso tudo só pra confirmar
Que ela sempre me cobiçava
E se na minha cara hoje veio jogar, agora vai constar”
Trecho da música Redes Sociais (MC Luan da BS)
As expressões faciais são extremamente importantes para compreender as emoções e intenções das pessoas. Tanto a face superior (principalmente os olhos) quanto a face inferior (principalmente a boca) são essenciais para transmitir e decodificar expressões faciais emocionais. Precisamente os olhos e a boca representam pistas cruciais para detectar expressões de raiva e felicidade.
Geralmente, quando apenas a parte superior do rosto é visível (ou seja, os olhos), é possível perceber mais facilmente as emoções negativas (raiva e medo) do que as positivas (como a felicidade).
Na verdade, a presença da máscara, em período de pandemia, pode influenciar não apenas no reconhecimento e na compreensão das emoções dos outros, mas também atribui distância física e social.
Na verdade, é bem sabido que as intrusões nesse “espaço pessoal” induzem a uma sensação de ameaça e desconforto nos indivíduos.
A pandemia mudou as nossas vidas de alguma forma, e isso é definitivamente verdade no que diz respeito à internet e às redes sociais. Por razões óbvias, a maioria de nós está gastando cada vez mais tempo online, principalmente durante a restrição de circulação causada pela pandemia. Diante desse quadro, devemos pensar em como essa pandemia mudou a relação de uns para com os outros.
As crianças são extremamente suscetíveis a influências indevidas enquanto exploram o mundo e tentam estabelecer suas próprias identidades. À medida que a mídia social ganha força, é muito fácil para os jovens serem consumidos pelo que parece "popular" ou presumir que todos são "amigos", especialmente quando não se pode sair para experimentar o "mundo real".
Muitos jovens experimentam sua identidade nessas plataformas de mídias sociais e usam o relativo anonimato para ultrapassar os limites e testar as reações das outras pessoas a coisas que possam fazer ou dizer. Infelizmente, muitas vezes pode haver uma diferença significativa entre as coisas que as pessoas dizem ou fazem no mundo online e o que realmente acontece offline. Online, podemos perder nossas inibições e nos comportar de uma maneira que não faríamos se estivéssemos na frente de alguém.
Com o surgimento de plataformas de mídia social como o TikTok, muitos usuários estão compartilhando criatividade na plataforma, principalmente em tempos de pandemia, quando a quantidade de conteúdo compartilhado aumentou. Embora a mídia social possa ser uma ferramenta útil para manter as pessoas unidas, também pode ter efeitos negativos, dependendo do conteúdo que é consumido. É sempre uma boa prática ter cuidado com tudo o que está sendo postado online.
Sentado no conforto da nossa sala em um sábado à noite, fazer um comentário nas redes sociais é muito fácil, mas às vezes pode ter consequências duradouras e indesejadas.
Dito isso, muitos estão lutando para encontrar o equilíbrio. A mídia social é, muitas vezes, um lugar onde compartilhamos os destaques editados e sofisticados de nossas vidas, um lugar para celebrar o melhor, mas também para buscar conforto em tempos difíceis. A mídia social pode, sem dúvida, influenciar a todos nós - às vezes para melhor, mas absolutamente, nem sempre.
O que está claro é que o que dizemos e fazemos online constitui uma parte cada vez maior da nossa reputação nas redes e a Internet não se esquece facilmente!
Que no “Chão da Vida” possamos utilizar os recursos tecnológicos com muita sabedoria!
Mestre em Educação pela Universidade Interamericana (2019). Especialista em Teologia e Missões pela Faculdade Latino-Americana (FLAM - 2023), pós-graduando em Terapia de Casais pela Faculdade Prisma e Bacharel em Teologia pelo Centro Batista de Educação, Serviço e Pesquisa (CEBESP - 2020). Possui Extensão Universitária em Igreja e Missão, Educação Cristã e Aconselhamento pela FLAM - Faculdade Latino Americana (2021). Colunista do Chão da Vida e professor universitário na área de tecnologia e teologia em diversas universidades.